CLUBE DE LEITURA FINANCEIRA - LIVRO 05
Período de leitura: 03/08/2019 a 24/08/2019
O livro conta uma história de um fabricante de carruagem chamado Bansir, passada na Babilônia, a cidade mais prospera da antiguidade.
Bansir era o melhor fabricante de toda a Babilônia. E como produzia as melhores carruagens tinha uma ótima renda. Ele era um homem muito esforçado, que trabalhava duro todos os dias para manter sua família, porém, apesar de trabalhar muito para ser reconhecido e ter uma boa renda, Bansir não conseguia enriquecer de jeito nenhum. Não importa quanto ele ganhasse com a venda das carruagens, ele não conseguia acumular dinheiro, apenas pagava suas contas e vivia um dia após o outro. Seu sonho era ter uma vida rica e com liberdade. Até que um dia Bansir soube que um de seu amigo de infância se tornara o homem mais rico da Babilônia. Mais rico até que o próprio rei. Seu nome era Arkad. Desesperado, e disposto a mudar de vida, Bansir procura Arkad para que seu velho amigo lhe dê conselhos e lhe ensine como enriquecer.
O livro é divido em parábolas. Não vou esmiuçar cada uma das parábolas mas vou apresentar aqui um pequeno resumo das partes que achei mais interessantes para o nosso estudo em finanças pessoais.
Primeira parábola: O homem que desejava ouro
“A riqueza de um homem não se acha na bolsa que ele carrega. Uma bolsa gorda fica logo vazia se não houver constante fluxo de ouro. Arkad tem rendimentos que conservam suas reservas sempre altas, por maior que seja a liberdade com que gasta dinheiro.”
Assim como no livro Os segredos da mente milionária, essa parábola também ensina que o mais importante não é ter dinheiro e sim saber como cuidar e multiplicar ele.
“Você parece verdadeiramente inspirado Bansir. Está me trazendo uma nova compreensão. E me fez perceber por que nunca encontramos ouro. Nós nunca o procuramos. Você trabalhou pacientemente para construir as mais sólidas carruagens da Babilônia. Para tal propósito, devotou seus melhores esforços (…) nas coisas em que aplicamos nossos melhores esforços tivemos êxito. Devemos aprender mais para prosperar mais. Com um novo entendimento, acharemos caminhos dignos para cumprir nossos desejos.”
A fala transcrita traz uma profunda reflexão, pois ao perceberem que estavam “no automático”, apenas trabalhando e sobrevivendo, buscaram uma forma de sair dessa situação. (Alguém lembrou de outra leitura que fizemos aqui? Não soa como a corrida dos ratos citada no Pai Rico pai Pobre?)
Muitas pessoas passam a vida assim e nunca chegam a ter esse momento de lucidez financeira, de parar para pensar e se questionar:
O que estou fazendo para garantir meu futuro?
- Para alcançar meus sonhos?
- Sou escravo do dinheiro ou ele trabalha para mim?
- Como coloco o dinheiro para trabalhar para mim?
Segunda parábola: O homem mais rico da Babilônia
Os amigos de infância de Arkad o questionam dizendo que todos ali tiveram os mesmos ensinamentos e experiências, e que Arkad não trabalhou mais duro ou mais assiduamente que nenhum deles para o destino o premiasse com tanto dinheiro. Por que então ele foi escolhido dentre todos os amigos? Arkad então responde:
“Se vocês não adquiriram mais do que uma pobre existência desde os tempos em que éramos jovens, isso se deve ao fato de que não conseguiram aprender ou não observaram as leis que governam a acumulação de riqueza.”
O enriquecimento não se trata de destino. O destino por si só muitas vezes apenas produz gastadores libertinos ou poupadores avarentos, que estarão sempre com medo de perder o que ganharam. Para os que não controlam seu dinheiro e seus investimentos, o dinheiro pode sim fazer um grande mal. Não é o destino ou o dinheiro. São as nossas atitudes diante deles.
Terceira parábola: Sete soluções para a falta de dinheiro
1. Comece a fazer seu dinheiro crescer
“Para cada dez moedas que colocarem em suas bolsas, não retirem para uso próprio mais do que nove. A bolsa começará a ficar estufada, e seu peso cada vez maior será uma fonte de prazer para suas mãos e uma fonte de bem-estar para as almas”.
2. Controlem seus gastos
“O que chamamos de despesas necessárias sempre crescerá para tornar-se igual a nossos rendimentos, a menos que façamos alguma coisa para inverter essa tendência”.
“Esta é, portanto, a segunda solução para falta de dinheiro. Faça um orçamento de suas despesas de modo que possam ter dinheiro para pagar pelo que é necessário, pelos prazeres e para satisfazer seus mais valiosos desejos sem despender mais do que nove décimos de seus ganhos”.
3. Multiplique seus rendimentos
“Pôr cada moeda para trabalhar para que possa reproduzir-se como algodão nos campos e trazer-lhes lucro, um rio de riqueza fluindo constantemente para dentro de suas bolsas”.
4. Proteja seu tesouro contra a perda
“O primeiro princípio saudável de um investimento é a segurança do capital aplicado, ou seja, do principal. Estudem cuidadosamente, antes de fazerem uso de seu tesouro. Não se deixe enganar pelo romântico desejo de fazer fortuna rapidamente.”
5. Façam do lar um investimento lucrativo
“Quando a casa estiver pronta, poderão pagar ao emprestador de dinheiro com a mesma regularidade com que anteriormente acertavam seus aluguéis. Como cada pagamento irá paulatinamente reduzindo a dívida com o emprestador de dinheiro, em poucos anos não estarão devendo mais nada a ele.
*Atualmente, no Brasil, devido aos altos juros dos empréstimos e financiamentos nem sempre essa é a melhor opção. Nesse caso é preciso analisar a situação da família e os custos desse empréstimo para então tomar a melhor decisão.
6. Assegurem uma renda para o futuro
“Com certeza, quando um pagamento tão pequeno, feito com regularidade, produz resultados tão lucrativos, só podemos concluir que nenhum homem pode deixar de assegurar um tesouro para sua velhice e a proteção da família, não importa quão prósperos venham se mostrando seus negócios e investimentos”.
7. Aumente sua capacidade para ganhar
“Quanto mais conhecimentos adquirimos, mais podemos ganhar. O homem que busca aprender sempre mais sobre sua profissão será ricamente recompensado… Por isso, sugiro a todos os homens que se ponham na linha de frente do progresso e não fiquem parados, sendo passados para trás”.
Quarta parábola: Encontrando a deusa da boa sorte
Durante uma conversa a respeito da “sorte”, os homens da Babilônia concluem que os jogos de azar não são capazes de transformar homens pobres em ricos, já que as probabilidades estão sempre contra os jogadores e a favor da banca. Além de que, na maioria das vezes, mesmo quando se ganha esporadicamente, se perde no geral mais do que se ganhou.
Um dos homens da conversa também conta sua história sobre como deixou um bom investimento passar por achar que era jovem demais e teria outras oportunidades melhores no futuro, não estando disposto a abrir mão dos luxos que seu dinheiro poderia comprar caso não estivesse empregado no investimento. E então a resposta de um colega diz:
“Nessa história, vemos como a boa sorte costuma procurar o homem que acredita nas oportunidades. Dar o primeiro passo para construir uma sólida posição é uma boa sorte que pode acontecer a qualquer homem. O primeiro degrau, transformando os cidadãos que ganham por seus próprios esforços em homens que começam a ter lucros pelo bom emprego de seu dinheiro, é sempre importante. Alguns, afortunadamente, fazem isso quando jovens e deixam para trás, em termos de sucesso financeiro, aqueles que fizeram muito tarde ou que nunca o fizeram”.
Durante esse mesmo debate, chegam a conclusão de que a procrastinação é uma das principais responsável pela perda das oportunidades. Para ser bem-sucedidos deve-se controlar a procrastinação, confiar nos próprios julgamentos e ter cuidado com as mudanças de pensamento, pois a tendência é que se mude mais de opinião quando se está certo do que quando se está errado.
“A ação os conduzirá ao encontro do sucesso que vocês tanto desejam”.
Quinta parábola: As cinco leis do ouro
Um dos personagens conta que foi instruído pelo pai a ficar dez anos cuidando de seus próprios bens para ser capaz de herdar sua fortuna. Para iniciar sua jornada rumo ao sucesso financeiro, o pai lhe concedeu uma tabuinha de argila com as cinco regras do ouro gravadas e uma bolsa de ouro para administrar.
O filho então gastou todo dinheiro e só após ficar praticamente na miséria, resolveu ler a tabuinha que seu pai lhe deu. Percebeu então, que se tivesse seguido os conselhos do pai ao invés de acreditar em seus impulsos, seu ouro não teria ido acabado.
Seguem as cinco leis do ouro:
- O ouro vem de bom grado e numa quantidade crescente para todo homem que separa não menos que um décimo de seus ganhos, a fim de criar um fundo para o seu futuro e o de sua própria família.
- O ouro trabalha diligentemente e satisfatoriamente para o homem prudente que, possuindo-o, encontra para ele um emprego lucrativo, multiplicando-o como os flocos de algodão no campo.
- O ouro busca a proteção do proprietário cauteloso que o investe de acordo com os conselhos de homens mais experimentados em seu manuseio.
- O ouro foge do homem que o emprega em negócios ou propósitos com os quais não está familiarizado ou que não contam com a aprovação daqueles que sabem poupá-lo.
- O ouro escapa ao homem que o força a ganhos impossíveis ou que dá ouvidos aos conselhos enganosos de trapaceiros e fraudadores ou que confia em sua própria inexperiência e desejos românticos na hora de investi-lo.
“Devido a meus infortúnios, tentativas e êxitos, pude repetidas vezes provar a sabedoria das cinco leis do ouro e ver em cada um desses momentos como estavam certas. Para quem não conhece essas leis, o dinheiro não aparece tão frequentemente e, quando aparece, vai rapidamente embora. Já para aqueles que não hesitam em utilizá-las, o dinheiro aparece e trabalha para eles como um escravo. Sem sabedoria, o ouro pode ser rapidamente perdido pelos que o têm, mas, com sabedoria, o ouro pode ser adquirido pelos que não o têm. A riqueza que promove gozo e satisfação para seu proprietário constrói-se gradualmente, porque é uma criança nascida do conhecimento e da persistência.”
Sexta parábola: O emprestador de dinheiro da Babilônia
“É melhor uma pequena cautela do que um grande remorso.”
Sétima parábola: As muralhas da Babilônia
“Não temos condições de ficar sem uma proteção adequada.”
Oitava parábola: O negociante de camelos da Babilônia
“Onde há determinação o caminho pode ser encontrado.”
Nona parábola: As tabuinhas de argila da Babilônia
“Grande é o plano, pois ele tem nos tirado do endividamento e propicia-nos a possibilidade de guardar o que nos pertence de direito. O plano é de um valor indizível. Além de ter feito de um ex-escravo um honrado cidadão”.
Décima parábola: O homem de mais sorte da Babiônia
“O trabalho é o melhor amigo que já conheci. Alguns homens o odeiam. Fazem dele um inimigo. É melhor tratá-lo como um amigo, aprender a gostar dele. Não se preocupe com que seja árduo. Prometa-me, rapaz, que se tiver um amo vai trabalhar para ele o mais arduamente que puder. Se ele não apreciar tudo quanto você faz, não se preocupe. Lembre-se, o trabalho bem feito traz satisfação a quem quer que o tenha realizado e torna o homem melhor”.
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