Se você começou a estudar sobre economia e investimentos com certeza já deve ter se deparado com alguns desses nomes estranhos. Muita gente me manda mensagem perguntando sobre essas informações e dizem que quando tentam aprender e buscam materiais pela Internet acabam desanimando porque o texto que deveria ajuda-las a entender as coisas só serve para gerar mais dúvidas.
Vou tentar apresentar para vocês então algumas definições, de forma simples e resumida, do que são essas siglas e qual a relação delas com os investimentos e estudos que vocês estão fazendo.
Todas essas siglas representam um órgão ou um índice que tem relação com a Política Econômica do nosso país e integram de alguma forma o Sistema Financeiro Nacional.
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) representa um conjunto de instituições, públicas e privadas, que fazem parte do mercado financeiro brasileiro, e servem de “ponte” para quem quer investir e quem precisa de empréstimos, que podem ser pessoas físicas, empresas e até mesmo o próprio governo.
Esse sistema trabalha com órgãos que podem atuar na confecção das normas e regulamentos para essas transações (Órgãos Normativos), outros atuam na supervisão, garantindo que as regras estabelecidas sejam cumpridas tanto pelos cidadão quanto pelos integrantes do sistema (Órgãos Supervisores) e há também os que trabalham diretamente com as operações em si, atuando como intermediador financeiro (Órgãos Operadores).
No nosso sistema, esses órgãos são divididos de acordo com o tipo de mercado em que atuam, que pode ser moeda, crédito, capitais, câmbio, seguros ou previdência. Abaixo é possível visualizar quais são esses órgãos e em qual mercado cada um atua.
Nesse post vou falar apenas de três, Conselho Monetário Nacional (CMN), Banco Central (BC) e Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para não me estender muito (se tiverem interesse depois eu detalho os outros também), mas a ideia aqui é entendermos um pouco a responsabilidade de cada um e como as decisões tomadas por eles podem afetar o mercado, o nosso consumo e nosso investimentos.
Conselho Monetário Nacional (CMN)
É o órgão superior do nosso sistema, atuando na camada dos Órgãos Normativos, e é o responsável por formular as políticas de moeda e crédito do nosso País. O foco é garantir a estabilidade do Real e desenvolvimento econômico, sendo assim uma de suas principais aplicações práticas é a definição da meta de inflação.
Banco Central (BC)
O Banco Central age na camada dos Órgãos Supervisores, e tem como missão garantir a estabilidade do poder de compra da moeda do país e assegurar o bom funcionamento do mercado financeiro. É ele também que executa as estratégias estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional para manter a inflação controlada. Para isso, possui autonomia para agir de diferentes formas, como por exemplo, alterar a taxa Selic (taxa básica de juros) para deixar a inflação o mais próximo possível da meta.
SELIC
SELIC significa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, e é um sistema informatizado destinado ao registro, custódia e liquidação dos títulos públicos federais emitidos pelo Banco Central e pelo Tesouro Nacional. A taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados nesse sistema corresponde à taxa Selic, que é então a taxa básica de juros da economia, sendo utilizada pelo próprio governo para pagar seus empréstimos.
A meta para a taxa Selic é estabelecida e divulgada pelo Comitê de Política Monetária (COPOM), que determina a taxa Selic a cada 45 dias, levando em consideração a inflação, as contas públicas, a atividade econômica e o cenário exterior.
Como funciona o ajuste da Selic e da inflação?
Se o Banco Central precisa reduzir a inflação ele terá que elevar a taxa Selic, para que os juros cobrados nos financiamentos, empréstimos e cartão de crédito fiquem mais altos e assim desestimule o consumo. Se a ideia é aumentar a inflação ele faz o processo contrário, reduzindo juros, pois assim o consumo das famílias aumenta, a demanda por crédito também, o que faz com o os preços subam, aumentando a inflação.
Comissão de Valores Imobiliários (CVM)
Atua na camada dos Órgãos Supervisores, assim como o BC, e tem o objetivo de desenvolver, regular e fiscalizar o mercado de capitais, protegendo o interesse dos investidores, assegurando o funcionamento eficiente e regular do mercado e garantindo o acesso público as informações sobre os emissores e seus valores mobiliários.
Se quiserem mais posts como esse, quiserem que explique também sobre os Órgão Operadores ou detalhe mais alguma coisa, deixe seu comentário, pode ser aqui ou em qualquer uma das redes sociais. ?
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