Educação Financeira Finanças Investimentos

Vocabulário Financeiro

Quando comecei e estudar sobre finanças e investimentos sofri um pouco com os termos utilizados nos documentos que encontrava. Até para entender as notícias às vezes era difícil. Então comecei a montar uma lista com as palavras que eu pesquisava para agilizar quando precisasse delas novamente.
Então decidi compartilhar com vocês a minha lista e conforme for precisando vou atualizando esse post com novas palavras. Espero que ajude nos seus estudos também =)

AÇÃO

São unidades de títulos emitidas por sociedades anônimas, de renda variáveis que representam a menor fração do capital social de uma empresa.

ACIONISTA

É quem possui ações de uma sociedade anônima.

ACIONISTA MAJORITÁRIO

É quem possui uma quantidade de ações com direito a voto e que lhe permite manter o controle acionário de uma sociedade anônima.

ACIONISTA MINORITÁRIO

É quem possui ações com direito a voto, cujo total não lhe permite participar do controle da empresa.

ALAVANCAGEM

Termo utilizado para descrever a capacidade que uma empresa possui de usar ativos, ou recursos com um custo fixo, com o objetivo de aumentar a possibilidade de lucro de uma operação. A alavancagem pode ser financeira ou operacional.

ALOCAÇÃO DA CARTEIRA

Indica a forma em que os recursos investidos serão distribuídos. Por exemplo, podemos alocar uma carteira entre ativos de renda variável e renda fixa.

AMORTIZAÇÃO

Consiste na redução gradual do valor total de uma dívida, através de uma das metodologias de amortização do saldo devedor dos financiamentos (SAC – Sistema de Amortização Constante, a TP – Tabela Price e o SACRE – Sistema de Amortização Constante com Recalculo), refletindo diretamente no valor das parcelas.

APORTE INICIAL/APLICAÇÃO INICIAL

Refere-se a primeira contribuição feita ao se aderir a um plano de previdência, ou a primeira aplicação feita por um investidor em um fundo de investimento.

ASSET ALLOCATION

Significa alocação de recursos. Indica a escolha dos ativos financeiros (ex. ações, dólar, títulos de renda fixa, etc) que são usados na composição de uma carteira de investimentos.

BENCHMARKING

É o indicador que serve de parâmetro para determinado investimento. Significa que aquele investimento tem uma meta de rentabilidade igual ou maior que o do indicador utilizado. No caso dos fundos de ações, por exemplo, o benchmark em geral é o Ibovespa, enquanto nos fundos DI e de renda fixa o índice de referência mais usado é o CDI.

CARTEIRA DE INVESTIMENTOS

Representa o conjunto de investimentos de uma pessoa ou de uma empresa. Pode ser composta por vários tipos de investimentos diferentes (ex. ações, títulos de renda fixa etc.).

CDI – CERTIFICADO DE DEPÓSITO INTERBANCÁRIO

São certificados que servem como títulos emitidos por bancos para financiamento de suas próprias atividades.É comercializado exclusivamente entre bancos. É usado como indicador de rentabilidade de aplicações e investimentos, pois a taxa CDI serve como base de cálculo dos juros que serão aplicados em um determinado investimento.

CORRETORA

É a instituição intermediária que atua no mercado de capitais com títulos e valores mobiliários, em especial no mercado de ações.

COTAÇÃO

Preço registrado no ato da negociação.Registra o preço de títulos, ações, moedas estrangeiras ou mercadorias.

CUSTÓDIA

É a garantia que determinada instituição dá a um investimento. Exemplo: Quando a gente fala que o investimento X tem a custódia da BM&F Bovespa, está dizendo: O investimento X está sendo cuidado pela BM&F Bovespa.

DAY-TRADE

Combinação de operações de compra e de venda realizadas por um investidor com o mesmo título em um mesmo dia.

DEBÊNTURE

A debênture representa uma fração do total da dívida contraída por uma empresa no ato da emissão e pode ser negociada no mercado secundário. Sendo assim, as debêntures se enquadram como títulos onde o investidor se torna credor de determinada empresa e recebe juros sobre seu investimento ao final de um prazo pré-determinado. Embora a grande maioria das debêntures seja considerada como títulos de renda fixa, algumas podem ser consideradas como títulos de renda variável, desde que a remuneração oferecida seja com base na participação nos lucros da empresa emissora.

DEFAULT

Ocorre quando uma empresa assume que não poderá pagar sua dívida nas condições e na data estabelecida.

DÉFICIT

Saldo negativo entre receitas e despesas.

DERIVATIVOS

São contratos de ativos financeiros que tem a característica de estarem vinculados a outros títulos ou ativos, que servem como referência. Por exemplo: opções sobre ações e contratos futuros sobre o dólar comercial.

DIVIDENDO

Pagamento efetuado pela empresa aos seus acionistas através da distribuição de parte do lucro líquido da empresa, subdividido de acordo com as diferentes classes de ação. Pela Lei das S.A., deverá ser distribuído um dividendo mínimo de 25% do lucro líquido apurado em cada exercício.

FI (FUNDO DE INVESTIMENTO)

É uma modalidade de investimento que coleta investimentos de diversas pessoas, físicas ou jurídicas, com o intuito de aplicar os recursos no mercado e maximizar o retorno para cada investidor. A soma das aplicações individuais de cada um dos cotistas constitui o patrimônio do fundo. A gestão do seu patrimônio é sempre feita por outra entidade (banco, sociedade gestora de fundos de investimento), já que os fundos de investimento não possuem personalidade jurídica.

GANHO DE CAPITAL

Diferença entre os rendimentos recebidos com a venda de um determinado ativo e o custo de aquisição desse mesmo ativo.

GAP

É quando um título abre acima da máxima do dia anterior ou o ativo abre abaixo da mínima do dia anterior. Cria-se, assim, uma área de preços sem negociação no gráfico.

GOODWILL

Denominação dada aos ativos intangíveis de uma empresa. É o conjunto dos elementos não materiais provenientes dos fatores como reputação, relação com os fornecedores e clientes, terreno. Além disso, também pode ser definido como a capacidade ou a potencialidade da empresa em gerar lucros.

HEDGE

Instrumento que visa proteger operações financeiras do risco de grandes variações de preço em um determinado ativo. É uma forma de administração de risco, por exemplo, o ato de tomar uma posição em outro mercado (futuros, por exemplo) oposta à posição no mercado à vista, para minimizar o risco de perdas financeiras em uma alteração de preços adversa.

HOLDING

Termo utilizado para denominar a empresa que possui, como atividade principal, a participação acionária em uma ou mais empresas. A maior fonte de receita destas empresas são dividendos vindos das empresas nas quais a holding tem participações.

HOME BROKER

É o sistema eletrônico das corretoras e bancos, que permite a compra e a venda de ações pela internet, com acesso direto ao pregão eletrônico da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).

INDEXADOR

Termo usado para se referir ao índice utilizado para atualização monetária de um determinado valor. Exemplos: IGP-M, o IPCA e o IPC-FIPE.

IPC – ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR

Divulgado na 1ª ou 2ª semana do mês, o IPC é calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) todos os meses. Mede a evolução dos preços ao consumidor na cidade de São Paulo, para as famílias com renda de 1 a 20 salários mínimos.

IPCA – ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO

Divulgado aproximadamente no 8º dia útil do mês, o IPCA é considerado o índice de inflação oficial do país, utilizado pelo Banco Central do Brasil. É divulgado pelo IBGE, que acompanha a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços. O público alvo do índice é a população com faixa de renda entre 1 e 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte dessa renda, nas principais regiões metropolitanas do país.

IGP-M – ÍNDICE GERAL DE PREÇOS (MERCADO)

Índice que mede a evolução geral de preços na economia, criando assim uma medida da inflação nacional. O IGP-M é formado pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC – peso de 30%), Índice de Preços no Atacado (IPA – peso de 60%) e Índice Nacional de Construção Civil (INCC – peso de 10%). O IGP-M é divulgado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas. O período de coleta de preços para o índice se dá entre o dia 21 do mês anterior e o dia 20 do mês de referência.

JUROS

Remuneração que o tomador de um empréstimo deve pagar ao proprietário do capital emprestado. O valor do juro (seu percentual) é considerado como o custo ou preço do dinheiro. O custo do dinheiro (taxa de juros) é determinado pela oferta e procura.

JUROS COMPOSTOS

Quando os juros são pagos não apenas sobre o valor do principal, mas também sobre os juros obtidos em relação ao principal nos períodos anteriores. No cálculo de juro composto, o juro obtido em um período é incorporado ao principal no período seguinte.

JUROS SIMPLES

Neste caso os juros são pagos apenas sobre o valor do montante (ou principal) da aplicação ou empréstimo.

LASTRO

Termo usado para determinar a garantia implícita de um ativo. Desta forma, quando uma moeda tem lastro, os investidores não questionam sua aceitabilidade, pois sabem que seu valor é garantido.

LBC – LETRAS DO BANCO CENTRAL

Título de curto prazo emitido pelo Banco Central, emitido para fins de política monetária exclusivamente sob forma escritural no Selic e cuja rentabilidade é pós-fixada e segue a variação da taxa Selic.

LETRA DE CÂMBIO

Termo que reflete um instrumento de captação usado pelas sociedades de crédito, financiamento e investimento que é emitido com base em uma transação comercial. Desta forma, trata-se de uma operação estruturada de forma a obter recursos que serão eventualmente direcionados para financiamento de crédito ao consumidor final.

LETRA DO TESOURO

Termo que denomina qualquer título emitido pelo governo, com prazo fixo e que paga taxa de juro de mercado, também são conhecidos como títulos da dívida pública.

LIQUIDEZ

Termo usado para determinar a capacidade que um título tem para ser convertido em moeda. Na análise das demonstrações financeiras de uma empresa é usado para definir a capacidade que esta empresa tem de gerar recursos que podem ser rapidamente transformados em papel moeda. Quando um investimento possui liquidez diária significa que será possível sacá-lo a qualquer momento.

MARGEM

Quantia depositada pelo comprador, em uma operação a termo em bolsa de valores, como garantia de liquidação do negócio no prazo estipulado. A margem também existe nas bolsas de mercadorias e serve como garantia contra uma possível oscilação dos preços.

MERCADO A TERMO

Negociação realizada em uma bolsa de valores ou de mercadorias com vencimento acertado entre as partes. Em geral os vencimentos são de 30, 60, 90 ou 180 dias. O contrato a termo pode, ainda, ser liquidado antes de seu vencimento.

MERCADO A VISTA

Mercado onde a liquidação física se processa no 2º dia útil após a realização do negócio em pregão e a liquidação financeira ocorre no 3º dia útil posterior à negociação, mediante a efetiva liquidação física.

MERCADO FUTURO

O mercado futuro é normalmente centrado em uma bolsa de valores ou de mercadorias, tendo como objetivo principal prover instrumentos financeiros que permitam a compradores e vendedores proteger-se de oscilações de preços. O mecanismo básico é a negociação de títulos ou mercadorias, a preços determinados, para uma data futura, exigindo-se garantias dos vendedores e compradores.

RENDA FIXA

É um tipo de aplicação que conta com um retorno que pode ser mensurado no momento do investimento. Desde a hora que o investidor opta por aplicar em um título de Renda Fixa, ele sabe quanto receberá sobre seu capital, seja o valor exato em reais ou referentes a um daqueles indexadores da economia que vimos no capítulo anterior (CDI, IPCA e Selic, por exemplo).

RENDA VARIÁVEL

Termo usado de forma genérica para denominar todos os títulos cuja remuneração não é discriminada anteriormente, como acontece com os títulos de renda fixa. Sendo assim, a rentabilidade destas aplicações depende das condições de mercado.

RENTABILIDADE

Termo usado para expressar a valorização (ou desvalorização) de um determinado investimento em termos percentuais. Alguns analistas usam o termo retorno ao invés de rentabilidade. No moderno conceito financeiro, não basta avaliar qual a rentabilidade de um ativo, mas qual a rentabilidade em relação ao risco trazido para a carteira de investimentos. Ou seja, é sempre necessário avaliar se o rendimento esperado compensa ou não o risco assumido (relação retorno-risco).

RESGATE

Ato de sacar integral ou parcialmente os recursos investidos em certa aplicação. Em alguns casos, as aplicações possuem o chamado prazo de carência, antes do qual não é possível resgatar os recursos investidos. Quando este resgate é previamente programado pela instituição financeira que administra a aplicação, sem que seja necessário o investidor pedir que os recursos sejam resgatados, ele é conhecido como resgate automático.

SWAP

Contrato de troca de indexadores, que funciona como hedge (proteção), permitindo conseqüentemente aos participantes do mercado se protegerem dos riscos inerentes aos ativos que operam.

TAG ALONG

Direito dos outros acionistas de receber um percentual do valor pago pelas ações dos controladores em caso de venda do controle da empresa.

TAXA DE CARREGAMENTO

Taxa que é cobrada pelas entidades abertas de previdência privada sobre as contribuições feitas pelo investidor ao plano de previdência. Essas taxas variam de acordo com o tipo de plano e são determinadas pela própria empresa, com o intuito de repor despesas administrativas, de corretagem e de colocação do plano de seguro.

TAXA DE CORRETAGEM

Taxa cobrada pelas corretoras de valores pelas operações efetuadas em bolsa aos seus clientes. A taxa de corretagem pode ser um valor fixo ou variável (por ser cobrado um valor percentual do volume negociado).

TAXA DE CUSTÓDIA

Taxa cobrada por um custodiante, em geral um banco ou corretora de valores mobiliários, pela manutenção das ações ou outros valores mobiliários de seus clientes. Quando o investidor compra uma ação ou outro ativo no mercado ele acaba não recebendo o título representativo, que fica sob a custódia do custodiante, que, por este serviço, cobra a taxa de custódia.

TAXA SELIC

Taxa básica de juros básica da economia brasileira, definida pelo Copom (Comitê de Política Monetária). Funciona como referência das taxas de juros brasileiras.

VALUATION

Valuation é o nome do processo usado pelos analistas para estimar o valor real de um ativo ou empresa.

VOLATILIDADE

Sensibilidade evidenciada pela cotação de uma ação ou de uma carteira às variações globais dos mercados financeiros nacionais e internacionais. Indica o grau médio de variação das cotações de um título em certo período. A volatilidade é uma das possíveis medidas de risco de um ativo.

Sobre o autor

Formada em Engenharia Mecatrônica, estudou Gestão Estratégica de Negócios e tem especialização em Finanças, Investimentos e Banking. É consultora registrada na CVM, certificada pela ANBIMA como Especialista em Investimento e associada da Planejar - Associação Brasileira de Planejadores Financeiros. Trabalha com Planejamento Financeiro Pessoal, desenvolvimento estratégico de carteira de investimentos, atendendo de forma individual e personalizada ou através de mentorias em grupo, além do curso online Método D-RICA: reorganize, invista, conquistes e aproveite.

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